29 de janeiro de 2016

Conto de Natal - contos vencedores

CONTO  DE NATAL

Lara Ferreira, nº 9, 7º C

A caminho do natal

          O Inverno tinha chegado e com ele a neve que caía em grandes flocos. A água deixara de correr nos rios gelados, e as aves, empoleiradas nas árvores, já não cantavam, de cabeça debaixo das asas.
          Um vento glaciar obrigava as pessoas a manter-se em casa à beira da lareira. Naquela terra, corria o rumor de que o senhor de um reino longínquo andava à procura de alojamento para o seu filho.
          Simão, um mercador rico na cidade, que vivia sozinho com a sua mulher numa grande mansão, tinha ouvido falar disso e pensava que o rei poderia ir lá pedir alojamento para o filho.
          Então, Simão, à janela esperando o coche real, pediu à mulher, que se encontrava doente, para iluminar a casa na esperança de ser a primeira que o rei visse.
          A mulher obedeceu e correu a casa de uma ponta à outra, preparando também uma refeição real bem apetitosa. De repente, bate alguém à porta, era um mendigo careca cheio de farrapos a cobri-lo e descalço. A mulher de Simão deixou-o entrar e ofereceu-lhe o seu aconchegado xaile, juntamente com um copo de leite e bolachas, Simão mandou-o embora, mas ele não ligou.
          Subitamente o mendigo agarra na bengala da mulher de Simão e pousa-a no chão, a mulher não sentiu mais dores, começando a andar na perfeição e foi contar ao marido o milagre sucedido, todavia quando regressou à sala, o mendigo já se tinha ido embora.
   Então Simão disse em voz baixa:
          - O que eu fui fazer! Tenho a certeza de que o mendigo era o rei a comprovar se eu e a minha mulher éramos de confiança para alojar o seu filho.
          Simão sai porta fora sem dizer nada à mulher e procura o rei. Pelo caminho passa por uma mulher pobre e com frio e entrega-lhe o seu casaco. Também passou por um homem com os pés prestes a congelar e ofereceu-lhe os seus sapatos.
          Com os seus ouvidos pequenos, mas em boa forma, Simão ouvia uma voz suave que lhe sussurrava:
          - Passaste no teste que eu preparei para ti, és de confiança. Lembra-te do que te vou dizer, ao passares por uma casa rodeada de flores e árvores no portão viras à direita e vais encontrar uma pobre cabana, entras e logo verás o que acontece.
          Simão, um bocado receoso, fez o que lhe foi proposto, entrou na cabana e foi um grande espanto quando viu um bebé deitado numa manjedoura e o rei ao seu lado ajoelhado no chão a rezar, o homem contente e a compreender o sucedido ajoelhou-se e começou a rezar virado para o bebé.
          A criança sorriu-lhe.

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